Lançamentos Bienal do Rio 2015

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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

[ENTREVISTA] - Leonardo Barros




Hoje veremos uma entrevista realizada com o autor nacional e parceiro aqui do blog, Leonardo Barros. Nossa equipe entrou em contato com ele e agora vocês podem conferir como foi:

 Confira a resenha do livro [LINK AQUI]








ENTREVISTA COM LEONARDO BARROS




A Profecia de Leslienth: Olá Leonardo! Dos gêneros literários que você escreve, romance erótico, suspense policial e comédia, qual é aquele que você tem mais afinidade? Existe um digamos “mais fácil” de escrever?

Leonardo Barros: A sensualidade é uma das tônicas presentes em todos os meus livros e gosto de dizer que erotismo é igual a pimenta: “uma pitada dá sabor; o excesso faz o caldo desandar”. Mas devo muito ao primeiro livro, pois foi com ele que descobri que tenho a habilidade de prender o leitor e deixá-lo curioso.
O suspense é o gênero que realmente me encanta. “O Maníaco do Circo”, meu segundo livro, causou em mim uma espécie de furor literário, uma inquietação que me impedia até de comer e dormir direito, enquanto eu o escrevia. Foi aí que percebi que esse era o gênero para o qual eu tinha maior aptidão.
Já as comédias foram escritas num momento delicado da minha vida e funcionaram como uma espécie de catarse. O “Solteiro em Trinta Dias” foi o livro mais difícil de escrever, pois a comédia é o gênero que mais exige do autor uma fidelidade com o que escreve. E não é todo dia que se consegue fazer rir.


APdL: Suas leituras seguem os mesmos gêneros dos livros que você escreve? Qual seu autor/livro preferido? Por quê?

Leonardo: Os gêneros que mais gosto de ler são suspense e literatura fantástica, mas procuro ser receptivo a outros tipos de leitura. O que realmente me atrai é uma boa sinopse. Acho que o escritor tem de ler um pouco de tudo.
Quanto aos autores que admiro, fica difícil escolher um apenas. Vou tentar organizá-los em categorias.

Autores brasileiros:
Antigos – Sou apaixonado pelos livros do Nelson Rodrigues. Seu ponto forte é a construção narrativa dramática. Gosto também de Jorge Amado e Luís Fernando Veríssimo.
Novos – Sou fã do Eduardo Spohr e digo, sem dúvida alguma, que A Batalha do Apocalipse é um dos melhores livros que já li. O André Vianco e o Raphael Draccon me impressionam pela criatividade.
Autores estrangeiros:
Anne Rice, Stephen King, Giorgio Falleti, Carlos Ruiz Zafón e Stieg Larson são, para mim, fantásticos no sentido pleno da palavra.

APdL: Em seu livro Presságio, percebi um domínio na história muito grande. Você escreve com técnica e conhecimento dos temas abordados além de apresentar uma obra enxuta, sem enrolação ou cenas desnecessárias. Além de sua faculdade, você estudou técnicas de escrita ou começou seus livros às escuras?

Leonardo: Desde o segundo livro que estudo técnicas de roteiro. Não chega a ser uma perseguição do tecnicismo, mas sempre que posso leio um livro sobre técnicas de construção narrativa, manuais de roteiro e assisto a vídeos de outros autores na internet. De cada fonte eu retiro um pouco de conhecimento. Então concebi minha própria forma de criar. Acho que, por mais criativo que seja o autor, ele sempre irá ganhar ao estudar e experimentar novas técnicas.

APdL: Além do mercado nacional, você já alcançou mercados internacionais. Em sua opinião, o que falta no mercado nacional para que a “nova literatura” alcance patamares mais altos?

Leonardo: Acho que é uma questão de tempo. O número crescente de autores é um reflexo da multiplicação de leitores. Ou seria o contrário...?
A enxurrada de novos autores ainda assusta muitos leitores que estavam acostumados a ir à livraria e ver somente os títulos baseados em filmes americanos ou os mais vendidos do New York Times na prateleira das “novidades”. Era uma espécie de zona de conforto que está deixando de existir. Agora, por mais que você seja um leitor voraz, vai ter sempre um novo autor que você não conhece e que escreveu um livro que seu amigo leu e adorou! Isso não é fantástico?! Com o tempo, vamos aprender a conviver com o novo e respeitar o antigo.
Não sou nacionalista, nem acho que a literatura nacional deva ser sempre preferida em detrimento da estrangeira. Sou defensor da meritocracia: o bom livro, seja de um autor brasileiro ou chinês, deve ser lido e divulgado.

APdL: Quais as características de suas histórias? O que existe nelas, que se torna chamativo ao público e agradável aos leitores?

Leonardo: Ao planejar uma história, costumo incluir alguns elementos que me agradam como leitor. Creio que deva haver mistério, um elemento que mantenha o leitor de orelha em pé. Acho que pitadas de humor aliviam a tensão mórbida, quando ela está presente, mas somente se a cena “mover a história adiante”. Já a sensualidade é usada de duas formas: como nota de alívio ou intensificação da tensão dramática (dependendo do que eu queira provocar).

APdL: Você está trabalhando em algum novo projeto novo? Se sim, poderia nos dizer alguma coisa sobre ele?

Leonardo: Acabei, há alguns dias, o primeiro tratamento de texto de uma ficção fantástica. Não gosto de falar muito sobre a obra durante o processo de edição, mas posso adiantar que é uma história de vampiros e lobisomens.

APdL: Você se inspira em alguma coisa ao escrever seus livros? Há algum lugar ou hora que você prefere escrever?

Leonardo: Acho que mais importante que inspiração é a dedicação. Aproveito os momentos de inspiração para escrever os resumos pontuados, que são a base do meu processo criativo. Tenho algumas ideias que desviam a trama original no sentido de deixá-la mais interessante. Nesse momento, volto aos resumos e os modifico.
Escrevo onde e quando tenho oportunidade. Para mim, domingos e feriados são dias de expediente literário estendido.

APdL: Deixe um recado para os leitores do blog e aos fãs de seu trabalho.

Leonardo: Gostaria de agradecer ao Moisés Suhet, pela atenção, assim como pela divulgação do livro PRESSÁGIO. O Moisés também merece parabéns pela forma como seu trabalho se desenvolveu desde o início do blog. Suas críticas são ótimas: técnicas e ao mesmo tempo opinativas.
Aos leitores eu só tenho a agradecer. Todo o trabalho e dedicação que tenho aos meus livros têm como único objetivo levar a vocês um pouco de entretenimento.

APdL: Agradeço a entrevista, a parceria firmada com o blog e a confiança pela avaliação de sua obra cedida à equipe do blog. Que você continue alcançando sucessos ainda maiores em sua carreira como escritor.

Um comentário:

  1. Ameii a entrevista. Esse Autor é notaa 10!

    http://leituraecrecimento.blogspot.com.br/

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