Lançamentos Bienal do Rio 2015

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sábado, 19 de fevereiro de 2011

REINO DO CORAÇÃO


O meu desejo clama por liberdade
Na noite do mundo vazio que se estende por sobre a terra.
A incerteza do amanhã faz meu coração pulsar
Cada vez mais fortemente.
Enquanto a chuva derrama suas lágrimas
Levando embora aquilo que já foi esquecido;
A estranha sensação percorre o corpo e corrói a mente
Atormentando até mesmo os pensamentos mais profundos.

Mas o olhar diz muita coisa e nele percebe-se
Que pode haver condescendência no verbo;
E no mais simples gesto pode se encontrar
Aquilo que se procura.

Mas qual seria o melhor caminho a percorrer?
Digo melhor porque a visão de certo e errado
Já não tem mais a mesma essência;
E embora o desejo insano domine a mente
Ainda resta um espaço de lucidez.

Os segundos são como a morte quando se transformam
Em horas vazias de uma espera não condescendente,
Incessante e vã do verbo em ação.
Mas todas as coisas tem seu tempo
E a espera e a paciência são virtudes
Que o homem mortal ainda não alcançou.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

AO SOM DAS BORBOLETAS

Esse foi o meu primeiro texto que escrevi na forma de música para a saga de Éden: A profecia de Leslienth.
Compartilho com vocês agora esse texto que tanto mexeu comigo quando o escrevi...pois ele representava muitas coisas que estavam em meu coração quando ainda havia apenas um cursor piscando e nehuma palavra "escrita" do meu livro.


AO SOM DAS BORBOLETAS

Deixe seu coração te guiar
Pois não há outra maneira de fazê-lo
Quando as borboletas cantam.

Pode ouvi-las? Pode segui-las?
Abra sua alma e então verás
A magia profunda existente em Éden.

O silêncio possuiu seu coração,
E agora tudo se transfigura para você.
Sua alma está mais leve e perto do criador,
Deixe as fadas te ajudar
Elas conhecem o caminho.

Aqui em Éden, onde o fantástico se realiza.
Sempre que você assim o porfiar,
Então feche seus olhos, acalente sua alma
E siga o caminho das fadas.
Elas estão sussurrando.

Estamos nos aproximando!
O luar se finda abrindo caminho para a estrela da manhã
A hora é esta! Pode abrir os olhos
Nós encontramos o caminho...

Para o Vale das Borboletas...
Que dançam leves ataviando o céu.
E a sinfonia entoada por elas é especial.

Você pode ouvi-las? Pode senti-las?
Deixe seu coração te guiar!
Oh filho da lua! Oh filho de Éden!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A PRINCESA E O CAVALEIRO


A alameda jade oliva cintilava nua sobre a noite vermelha
O vento soprava seu ar gélido afagando a derme das folhas;
Uma carícia sem respostas. Um gesto inacabado sem fim.
Com o coração trincado a bela dama caminha na noite escarlata
Buscando o consolo nas margens do lago das águas douradas;
Uma mistura quente que se envolve no dourado e no carmim
Uma mistura gélida que se decompõe na noite na água.
Dois lados distantes que não são condescendentes entre si
Uma mistura profana que nunca ficará completa
E não sarará o coração da bela dama.

Ao limiar de um bosque encantado distante, um homem caminha.
Poderia ele sarar as feridas o coração da bela dama? Ou...
Poderia a distância se sobrepor a mão do destino!
O homem é um cavaleiro ao qual procura alguém para salvar
Seu coração pulsa em busca de aventura, em busca do desconhecido;
Pulsa para encontrar um grande amor e nele mergulhar.

Na noite os vagalumes voam sem direção
Alumiando o caminho para que a bela dama não tropece;
De repente!
Ouve-se um sussurro com milhões de vozes
As árvores acordaram e estão sibilando sobre a bela dama.
Mas... Um segredo foi revelado.
“A dama é uma princesa! Uma princesa do reino do coração”.
No entanto, seu reino está partido e despedaçado.
Ao qual apenas um novo e sincero amor poderá reconstruir os pedaços.
As flores já começaram a agir, indo e vindo com o vento,
Levando o aroma da agora princesa para o cavaleiro heroico.
O doce cheiro da Dama-da-noite inunda sua alma que não
Mais vazia se encontra, mas na cor da aurora de uma manha bem-vinda.
O nobre cavaleiro agora cavalga em seu corcel branco
Em busca do doce aroma na noite sem fim;
Enquanto as fadas proferem encantos para que esse encontro se torne real.

O dia de gloria chegou...
O dia que é noite e a noite que é vermelha.
O momento mais oportuno que o destino possa ter reservado
Para o desfecho dessa história.
Porém ainda falta um curto espaço de tempo
Para os dois se encontrarem.
As árvores cantam e as flores estão dançando junto as fadas
Torcendo para que a princesa e o cavaleiro heroico se encontrem.
Mas...
Uma figura negra aparece no caminho;
A bruxa da língua de sangue!
Ela na verdade não existe, apenas é resultado das incertezas,
E dúvidas de nosso coração;
Do medo e do esquecimento.
Ela cresce e adquire poder a medida que nossa fé se desvanece;
E pensar que agora falta tão pouco para os dois se encontrarem.

Olhe para o céu!
A lua está enorme e as estrelas lhe fazem companhia.
Ore pela princesa e não esqueça os fracos e oprimidos
Vele pelo fim e também pelo começo, pois aqui o tempo não tem regras.
E não se preocupe com o destino
Eles se encontrarão!
Neste instante um raio de luz irrompeu o céu nu,
Como uma pincelada de tinta em um quadro ainda sem vida
Uma aurora voraz chegou;
E com ela toda paz e amor que um novo dia pode trazer.
A princesa encontrou o cavaleiro
Ele a toma em seus braços e a beija gentilmente
Sarando-lhes as feridas de seu coração.
E assim reconstrói seu reino e seu castelo e enfim
Mata a bruxa da língua de sangue;
e com isso nossa história tem um final bem diferentes dos contos de fadas normais
Eles viveram felizes para sempre!


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Memórias de um alguém


1.      ECO DE PORCELANA
Eu ouço uma música que ressoa sobre o vazio sem cessar
Há muito a janela de cera estava fechada;
Mas o som da tua voz abriu-a novamente.
A vela que um dia foi quebrada
Fez cair seus pedaços nas águas da alma,
Permitindo seu doce cordão queimar meu espírito
Com a chama que nunca se apaga.

Cante mais alto!
Só assim serei libertado do meu sofrimento.
Os primeiros raios de luz já inundam o átrio
Levando meu torpor para longe de mim.
Agora descansarei em seus braços
Até que a noite vermelha se levante;
E as estrelas cintilam alvas no céu enegrecido.

Um novo tempo surgirá
E o dia iluminado acabará;
Levando para longe os espíritos maus.
Porque você está chorando? Levante e beba
Das águas puras e cristalinas de Alamás
Pois em Ullitien há vida em esplendor.




2. ESPERA
Quando o relógio dos tempos parou
Ordenou que a lua chorasse e se voltasse contra os homens
Homens mortais fados ao descanso eterno no vazio;
Homens fracos e facilmente corrompíveis.

O céu estava nu.
Deixando as estrelas ataviarem a abóbada do firmamento
Trazendo esperança aos fracos.
Para onde foram as aves?
Agora que o lírio branco já se abriu.

Agora voltarei para o ocaso
E esperarei paciente
Aquele que mudará o curso dos tempos
Atingirá a alma das eras
E ferirá o grande dragão
E devolverá a honra dos homens.

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