1. ECO DE PORCELANA
Eu ouço uma música que ressoa sobre o vazio sem cessar
Há muito a janela de cera estava fechada;
Mas o som da tua voz abriu-a novamente.
A vela que um dia foi quebrada
Fez cair seus pedaços nas águas da alma,
Permitindo seu doce cordão queimar meu espírito
Com a chama que nunca se apaga.
Cante mais alto!
Só assim serei libertado do meu sofrimento.
Os primeiros raios de luz já inundam o átrio
Levando meu torpor para longe de mim.
Agora descansarei em seus braços
Até que a noite vermelha se levante;
E as estrelas cintilam alvas no céu enegrecido.
Um novo tempo surgirá
E o dia iluminado acabará;
Levando para longe os espíritos maus.
Porque você está chorando? Levante e beba
Das águas puras e cristalinas de Alamás
Pois em Ullitien há vida em esplendor.
2. ESPERA
Quando o relógio dos tempos parou
Ordenou que a lua chorasse e se voltasse contra os homens
Homens mortais fados ao descanso eterno no vazio;
Homens fracos e facilmente corrompíveis.
O céu estava nu.
Deixando as estrelas ataviarem a abóbada do firmamento
Trazendo esperança aos fracos.
Para onde foram as aves?
Agora que o lírio branco já se abriu.
Agora voltarei para o ocaso
E esperarei paciente
Aquele que mudará o curso dos tempos
Atingirá a alma das eras
E ferirá o grande dragão
E devolverá a honra dos homens.
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