Edição: 4
Editora: Galera Record
ISBN: 978-85-01-08715-7
Ano: 2012
Páginas: 406
Tradutor: Rita Sussekind
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Sinopse: No mundo dos Caçadores de Sombras, ninguém está seguro. E agora que Clary descobriu fazer parte do perigoso Submundo, sua vida nunca mais será a mesma. Jace, seu recém-descoberto irmão, está cada vez mais impossível, e não parece medir esforços para enfurecer a todos, e sua atitude bad boy não ajuda em nada quando, após o roubo do segundo dos Instrumentos Mortais, a Inquisidora aparece no Instituto para interroga-lo... Agora Jace é suspeito de ajudar o pai, o perverso Valentim, num plano que vai colocar em risco não só Idris ou o Submundo, mas toda a cidade de Nova York. E Clary não pode deixar de se perguntar: será que as ironias de Jace são só uma forma de chamar atenção, ou também pode haver uma traição por trás de tanto mistério?
Antes de qualquer coisa tenho que avisar que mesmo tentando evitar pode ser que tenha spoilers (apesar de que a própria sinopse já dá spoilers absurdos) da trama, já que Cidade das Cinzas é o segundo da série Os Instrumentos Mortais da autora Cassandra Clare.
Depois de terminar de ler seu antecessor, Cidade dos Ossos, confesso que eu não estava animada pra seguir lendo a série. Sério, o final do primeiro pra mim foi extremamente broxante. Mas, mesmo relutante comecei a leitura. De novo fui envolvida pela narração maravilhosa, e mesmo com os desgostos me peguei devorando o livro.
Nesse livro, muita coisa está acontecendo. Clary está com sua mãe em coma enquanto inúmeros segredos de família vêm a tona. E ainda por cima o garoto que ama simplesmente não pode mais ficar com ela.
Fora isso, a lealdade de Jace á Clave é posta em jogo, o que o faz entrar num estado de rebeldia incontrolável. Isso enquanto tem que lidar com a Inquisidora mandada pela Clave para vigiá-lo.
Paralelo a tudo isso, alguns seres do Submundo aparecem mortos, sem sangue no corpo, o que faz com que os vampiros sejam suspeitos dos ataques, porém, não parecem ter nenhuma ligação entre si, estará Valentim por trás disso de alguma forma?
É notável o crescimento dos personagens durante a leitura desse livro e o melhor, a autora não foca apenas nos personagens principais, os demais ganham mais força, mostrando-se cada vez mais fortes e maiores. Eu particularmente amo todos, Alec, Magnus, Simon e Isabelle estão ótimos.
Não me arrependi de ler Cidade das Cinzas, ao contrario, fiquei curiosa com o que a autora planeja para o próximo livro, Cidade de Vidro.
Critérios De Avaliação:
a) Arte da capa:
A capa de Cliff Nielsen é uma das melhores coisas no livro. A imagem de um rapaz com o corpo todo tatuado sendo plano de fundo para a cidade iluminada ficou muito bonita. Principalmente porque as tatuagens emitem uma luz dourada. É possível notar túmulos em frente a imagem da cidade, remetendo a um cemitério. As abas internas tem um brilho furta-cor que parece lascas de vidros, um efeito realmente interessante.
b) Trama:
O enredo é bem típico de um livro de aventura juvenil. Tem pontos de reviravolta e se desenvolve num ritmo de tirar o fôlego, abusando dos detalhes para construir os argumentos de todas as situações. Talvez o problema tenha sido querer surpreender demais o leitor, nem sempre sair da mesmice é chave de sucesso, mas mesmo assim o livro tem uma trama forte.
c) Caracterização dos personagens:
Apesar dos protagonistas ficarem irritantemente chatos, a equação é equilibrada pelos demais personagens. Simon principalmente cresceu muito nesse livro. E a aparição de novos personagens deixou esse fator bem mais interessante.
d) Qualidade do livro (papel, letra, erros, etc.):
Ainda me chateio muito com alguns erros absurdos que vejo na revisão dos livros dessa editora. Mas, se conseguirmos ignorar isso (o que é meio difícil) a diagramação é ótima e eles sempre escolhem o tipo de papel que mais gosto, com o tom creme claro e o papel fosco.
e) Comparação com outras obras do gênero:
Sendo uma aventura juvenil, Cidade das Cinzas poderia ser comparada com inúmeros livros do gênero. Mas, volto a afirmar que a graça dessa série está nos personagens críveis, tão parecidos com o leitor que poderia ser um amigo nosso do dia-a-dia vivendo todas essas situações.
Nota: 4,0
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