Sinopse:
Em ´A Viagem´ várias histórias em épocas diferentes, passado, presente e futuro, estão conectadas mostrando como um simples ato pode atravessar séculos e inspirar uma revolução. Os diretores da trilogia Matrix e o diretor de ´Corra Lola Corra´ dirigem uma épica estória através dos séculos.
INFORMAÇÕES:
Elenco: Tom Hanks, Susan Sarandon, Jim Sturgess, Halle Berry, Hugh Grant
Direção: Tom Tykwer, Andy Wachowski, Lana Wachowski
Gênero: Drama
Duração: 172 min.
Distribuidora: Imagem Filmes
Classificação: 16 Anos
hoje em dia estamos acostumados a ver trailers magníficos, que tiram nosso fôlego de tão bons, no entanto, quando vemos a obra inteira nos decepcionamos. Com a viagem acontece o contrário. Digo sem hesitar que o trailer de A Viagem é muito bom, instigante, mas não consegue representar toda a maestria da obra.
Como o filme mesmo expressa, tudo está conectado. Imagine o passado envolvido com o presente e se entrelaçando com o futuro, isso jogado em uma cadeia de atitudes e pensamentos que moldam tudo que está a nossa volta e repercute séculos à frente. O que você pensaria se soubesse que sua atitude e seu pensamento pode ter sofrido influências de atos que foram praticados há 300 anos antes?
A trama de A Viagem (Cloud Atlas) nos mostra várias histórias sendo jogadas embaralhadas na tela. e além disso os roteirista trabalharam com várias épocas diferentes. Pra vocês terem uma noção, nós vemos ao mesmo tempo cenas de 1849, 1936, 1973, 2012, 2144 e 2321. Confesso que no começo é tudo muito confuso. Esse realmente é um filme que se deve assistir PELO MENOS três vezes, mas fique tranquilo, no final da trama tudo vai se encaixando.
O ponto central do filme, o que nos instiga, o que nos seduz é mostrar que o mundo é muito maior do que aquilo que vivemos e enxergamos. Nós seres humanos nos prendemos no aqui e agora e não pensamos na teoria do Caos. Sim aquela mesma que uma pedrinha jogada em um canto do mundo pode virar um maremoto na outra extremidade.
Se pararmos para pensar o filme nos joga essa ideia, como um balde de água fria na cara. Quantas pessoas, quantos atos em tempos passados nos influenciam hoje? A pegada com o tema espírita é bem forte, mas religião não tem vez aqui, estamos discutindo obras primas.
A união dos diretores Tom Tykwer, Andy Wachowski e Lana Wachowski resultou em algo extraordinário e ambicioso. Eu confesso que chorei no final da história. (isso nem o pessoal que foi comigo viu - srsrsr), poque ela nos faz refletir sobre o que somos e o que fazemos com nossas próprias vidas.
Tudo começa com seis histórias paralelas, com pessoas diferentes, mas com algo em comum: São todos Seres Humanos. Em todas as histórias vemos os roteiristas explorar a fundo aonde o ser humano pode chegar. Cada época nos mostra os extremos de nosso GENE-humano. Mostra como o homem pode ser ruim e como pode ser bom, mas em tudo existe um equilíbrio e tudo está conectado. Em todas as seis histórias Há decisões a serem tomadas, dificuldades são impostas, e nós vemos como muitas vezes não estamos prontos para reconhecer nosso caminho, que não estamos preparados para tomar certas decisões na vida.
A atuação é algo extraordinário. O elenco não poderia ser melhor: Tom Hanks, Susan Sarandon, Jim Sturgess, Halle Berry, Hugh Grant e Hugh Weaving. Há uma sacada no filme muito boa. Cada ator interpreta uns cinco personagens. No começo você não percebe, mas quando a trama vai se condensando você começa a ligar os pontos e cai a ficha de que em todas as épocas aparece quase todos os atores, inclusive alguns fazem mais de um papel por época. Preciso assistir novamente para tentar identificar todos. No final do filme NÂO SAIAM, nos créditos eles mostram quem é quem.
Estou falando, falando e percebi que não posso me esquecer da trilha sonora. O que foi aquilo. Lógico que temos trilhas sonoras únicas e melhores, de obras lendárias como O Senhor dos anéis e Star Wars. No entanto amei as escolhas que fizeram para o filme. Não ficou nada muito pesado nem deixou a desejar no quesito "estilo", e em tudo amei o tema principal que é tocado na época de 1849. O que foi aquilo, eu fui ao delírio ao som de piano do protagonista da época.
Direção, atuação, fotografia, maquiagem e figurino. Tudo foi muito além do que eu esperava, e olha que eu esperava muito do filme. De todas as cenas que eu presenciei, as mais excitantes foram as do Futuro-Passado (vocês entenderão quando assistir). A forma como eles trabalharam os cenários e a construção das cenas, foram muito formidáveis.
Em toda a minha crítica, se fosse para apontar o departamento que mais eu aprovei, com toda a certeza seria o de roteiro. Diálogos impecáveis, carregados de significados e emoções. Técnicas empregadas com perfeição que te prende a cada segundo. Tinha um casal do meu lado, que deve ter achado que eu era de outro mundo, porque eu me empolgava muito, me ajeitava a cada segundo na cadeira, porque as falas eram extremamente bem construídas e sempre eles comentavam baixinho sobre mim. (pensando que eu não estava escutando eles)
Adorei a resenha. Ela conseguiu expressar meu sentimentos vendo o filme, tanto que eu não te vi chorando porque eu tava chorando também... xD
ResponderExcluirE me empolgando, aquela carnificina básica fez meu dia feliz.
E a trilha... Me deu saudade da época em que eu tocava...
Foi uma ótima forma de passar o tempo com amigos e comemorar o aniversario da blog.
Recomendo muito o filme!!!
Esse filme é fantástico!!! É daqueles que irei comprar o dvd hahaahaha
ResponderExcluirComo já dito na resenha, vale muito, muito, muuuuito a pena assistir! =]
É incrível como os diretores conseguiram unir as pontas soltas no começo do filme... incrível mesmo...