Hoje veremos uma entrevista realizada com o autor nacional e parceiro aqui do blog, Leonardo Barros. Nossa equipe entrou em contato com ele e agora vocês podem conferir como foi:
Confira a resenha do livro [LINK AQUI]
ENTREVISTA COM LEONARDO BARROS
A Profecia
de Leslienth: Olá Leonardo! Dos gêneros literários que você escreve, romance
erótico, suspense policial e comédia, qual é aquele que você tem mais
afinidade? Existe um digamos “mais fácil” de escrever?
Leonardo Barros: A sensualidade é uma das tônicas
presentes em todos os meus livros e gosto de dizer que erotismo é igual a
pimenta: “uma pitada dá sabor; o excesso faz o caldo desandar”. Mas devo muito
ao primeiro livro, pois foi com ele que descobri que tenho a habilidade de
prender o leitor e deixá-lo curioso.
O suspense é o gênero que realmente me encanta. “O
Maníaco do Circo”, meu segundo livro, causou em mim uma espécie de furor literário, uma inquietação que me impedia
até de comer e dormir direito, enquanto eu o escrevia. Foi aí que percebi que
esse era o gênero para o qual eu tinha maior aptidão.
Já as comédias foram escritas num momento delicado da
minha vida e funcionaram como uma espécie de catarse. O “Solteiro em Trinta
Dias” foi o livro mais difícil de escrever, pois a comédia é o gênero que mais exige
do autor uma fidelidade com o que escreve. E não é todo dia que se consegue
fazer rir.
APdL: Suas
leituras seguem os mesmos gêneros dos livros que você escreve? Qual seu
autor/livro preferido? Por quê?
Leonardo: Os gêneros que mais gosto de ler são
suspense e literatura fantástica, mas procuro ser receptivo a outros tipos de
leitura. O que realmente me atrai é uma boa sinopse. Acho que o escritor tem de
ler um pouco de tudo.
Quanto aos autores que admiro, fica difícil escolher
um apenas. Vou tentar organizá-los em categorias.
Autores brasileiros:
Antigos – Sou apaixonado pelos livros do Nelson
Rodrigues. Seu ponto forte é a construção narrativa dramática. Gosto também de
Jorge Amado e Luís Fernando Veríssimo.
Novos – Sou fã do Eduardo Spohr e digo, sem dúvida
alguma, que A Batalha do Apocalipse é um dos melhores livros que já li. O André
Vianco e o Raphael Draccon me impressionam pela criatividade.
Autores estrangeiros:
Anne Rice, Stephen King, Giorgio Falleti, Carlos Ruiz
Zafón e Stieg Larson são, para mim, fantásticos no sentido pleno da palavra.
APdL: Em seu livro Presságio,
percebi um domínio na história muito grande. Você escreve com técnica e
conhecimento dos temas abordados além de apresentar uma obra enxuta, sem
enrolação ou cenas desnecessárias. Além de sua faculdade, você estudou técnicas
de escrita ou começou seus livros às escuras?
Leonardo: Desde o segundo livro que estudo técnicas de roteiro.
Não chega a ser uma perseguição do tecnicismo, mas sempre que posso leio um
livro sobre técnicas de construção narrativa, manuais de roteiro e assisto a
vídeos de outros autores na internet. De cada fonte eu retiro um pouco de
conhecimento. Então concebi minha própria forma de criar. Acho que, por mais
criativo que seja o autor, ele sempre irá ganhar ao estudar e experimentar
novas técnicas.
APdL: Além
do mercado nacional, você já alcançou mercados internacionais. Em sua opinião,
o que falta no mercado nacional para que a “nova literatura” alcance patamares
mais altos?
Leonardo: Acho que é uma questão de tempo. O número
crescente de autores é um reflexo da multiplicação de leitores. Ou seria o
contrário...?
A enxurrada de novos autores ainda assusta muitos
leitores que estavam acostumados a ir à livraria e ver somente os títulos
baseados em filmes americanos ou os mais vendidos do New York Times na prateleira das “novidades”. Era uma espécie de
zona de conforto que está deixando de existir. Agora, por mais que você seja um
leitor voraz, vai ter sempre um novo autor que você não conhece e que escreveu
um livro que seu amigo leu e adorou! Isso não é fantástico?! Com o tempo, vamos
aprender a conviver com o novo e respeitar o antigo.
Não sou nacionalista, nem acho que a literatura
nacional deva ser sempre preferida em detrimento da estrangeira. Sou defensor
da meritocracia: o bom livro, seja de um autor brasileiro ou chinês, deve ser
lido e divulgado.
APdL: Quais
as características de suas histórias? O que existe nelas, que se torna
chamativo ao público e agradável aos leitores?
Leonardo: Ao planejar uma história, costumo incluir alguns
elementos que me agradam como leitor. Creio que deva haver mistério, um
elemento que mantenha o leitor de orelha
em pé. Acho que pitadas de humor aliviam a tensão mórbida, quando ela está
presente, mas somente se a cena “mover a história adiante”. Já a sensualidade é
usada de duas formas: como nota de alívio ou intensificação da tensão dramática
(dependendo do que eu queira provocar).
APdL: Você
está trabalhando em algum novo projeto novo? Se sim, poderia nos dizer alguma
coisa sobre ele?
Leonardo: Acabei, há alguns dias, o primeiro
tratamento de texto de uma ficção fantástica. Não gosto de falar muito sobre a
obra durante o processo de edição, mas posso adiantar que é uma história de
vampiros e lobisomens.
APdL: Você
se inspira em alguma coisa ao escrever seus livros? Há algum lugar ou hora que
você prefere escrever?
Leonardo: Acho que mais importante que inspiração é a
dedicação. Aproveito os momentos de inspiração para escrever os resumos
pontuados, que são a base do meu processo criativo. Tenho algumas ideias que desviam a trama original no sentido de
deixá-la mais interessante. Nesse momento, volto aos resumos e os modifico.
Escrevo onde e quando tenho oportunidade. Para mim,
domingos e feriados são dias de expediente
literário estendido.
APdL: Deixe
um recado para os leitores do blog e aos fãs de seu trabalho.
Leonardo: Gostaria de agradecer ao Moisés Suhet, pela
atenção, assim como pela divulgação do livro PRESSÁGIO. O Moisés também merece
parabéns pela forma como seu trabalho se desenvolveu desde o início do blog.
Suas críticas são ótimas: técnicas e ao mesmo tempo opinativas.
Aos leitores eu só tenho a agradecer. Todo o trabalho
e dedicação que tenho aos meus livros têm como único objetivo levar a vocês um
pouco de entretenimento.
APdL:
Agradeço a entrevista, a parceria firmada com o blog e a confiança pela
avaliação de sua obra cedida à equipe do blog. Que você continue alcançando
sucessos ainda maiores em sua carreira como escritor.
Ameii a entrevista. Esse Autor é notaa 10!
ResponderExcluirhttp://leituraecrecimento.blogspot.com.br/