Lançamentos Bienal do Rio 2015

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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Nova Parceria - John Felix - Noturno

Hoje é dia de comemoração aqui no blog, pois mais uma vez expandimos nossos horizontes com mais uma parceria. levaremos até vocês o livro do autor nacional John Felix. A obra Noturno - Renascer foi publicada pela editora Dracaena e já está disponível nas melhores livrarias nacionais. Vamos cada vez mais levar nossa literatura nacional aos quatro cantos do Brasil. E enquanto aguardamos ansiosos a resenha que tal conhecermos um pouco mais da obra e do autor?


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Noturno:


Sinopse:
Em Noturno, temos a história de uma jovem que vê sua vida mudar depois de um inexplicável acidente. Recém-encontrada em uma mata fechada, completamente coberta por lama e aparentemente perturbada, o único lugar para se acordar é em uma ala psiquiátrica. Além das complicações de lidar com dúvidas sobre o desaparecimento e o estranho acidente, sinais de alucinações começam a ecoar em sua cabeça – e nesse momento você começa a questionar a própria sanidade.
Por mais que você tente ignorar a doce voz que a controla, ela lhe pedirá que não a abandone...
Isso levanta a pergunta: Será que algo afetará minha cabeça?
A triste verdade é que você se rende ao inevitável. E comete um dos maiores erros da sua vida: apaixona-se.  Mas o pior está por vir quando você descobre a verdade e percebe que o que sentia era uma mentira, que o que tinha em mãos não era seu. E nunca será.
As mentiras e descobertas continuam e você vê que fazia parte de um pacto. Você foi traída. Não por aqueles que a cercavam e sim por sua voz interior. A única pergunta que some e volta em sua cabeça agora é: como fugir do presente que você mais desejou?
E é ai onde sua história realmente começa e você vê que não tem como voltar atrás.
E, de um jeito estranho, está feliz com isso.


***


Sobre o autor:
Meu nome é John Lenon Felix, mas prefiro que me chamem apenas de John ou John Felix, tenho 21 anos, faço algumas apresentações de dança e já participei de alguns concursos. Também sou o representante e voluntario em projetos da escola que me formei. Sou de Sumaré– SP –“nascido em Campinas” Moro com a minha família - e um irmão. Sou completamente viciado em romances sobrenaturais, alem de cd’s e DVD’s. Amo cinema. -Solteiro. Não viveria sem a minha família e amigos. – que vivem uma relação de amor e ódio comigo. (risos) Pois uma pessoa do Signo de gêmeos as vezes é difícil de si lidar.

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Onde encontrar Noturno:

Skoob: [LINK AQUI]
Facebook do autor: [LINK AQUI]
Fanpage: [LINK AQUI]


Onde adquirir seu exemplar:

Siciliano: [LINK AQUI]
Saraiva: [LINK AQUI]
Dracaena: [LINK AQUI]
Amazon: [LINK AQUI]
Livraria Romana (em Sumaré)
Livraria Leitura (No shopping Dom Pedro - Campinas)


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Agora que você já conhece o livro que tal conhecermos o primeiro capítulo?



NOTURNO - capítulo 1
Minha casa não é muito grande, é uma casa simples. Comparada com as outras, ela é mesmo simples. Ela fica praticamente no final da rua, logo depois começa uma das estradas que passa por dentro da floresta.
A estrada menos movimentada é a da minha casa, pra mim aquele espaço era como se fosse a continuação do meu quintal, a extensão que nunca foi explorada.
Sempre tive o costume de sair ao anoitecer para andar de bicicleta. Essa era minha única mania, único jeito de esquecer meus problemas. Nesse momento você me pergunta quais problemas sobrepunham à vida de uma garota de 17 anos. Apenas ignore meu drama, isso fará bem a você.
Eu achava ainda melhor quando chovia, poder sentir aquela água batendo em meu rosto, sentir o ar puro e gelado entrar em meu corpo, congelando todo o espaço que tenho... Melhor coisa não há.
Talvez compras, bons livros e mouse de morango...
Esse ritual já era costumeiro só que naquela noite fui banha­da por uma curiosidade de andar em um território desconhecido, na estrada que cortava por dentro da mata e que naturalmente teria medo de ir.
Tenho que confessar algo: eu sou patética. Porque digo isso? Simples. Tenho medo de corujas e principalmente de filme de ETs... Praticamente pulei da bicicleta quando senti a vibração subir lentamente as minhas costas.
O estranho chamava-me com um sorriso encantador, vestido de medo.
A mata, o estranho, repleto de ‘boas’ intenções comigo. Percebi isso ao notar algo no ar que me rodeava: estava denso e formava uma leve neblina. Você veria o amor que continha naquela escuridão.
Senti uma vibração que me despertou certo alívio. O sopro, as palavras passaram por mim, mas ao mesmo tempo ele veio tirando tudo e deixando-me um pouco infeliz. Não sei descrever o que senti, ficou difícil separar o que era antigo do que se tornou novo.
Larguei a bicicleta — meu estender de mão — e fui rumo às árvores — minha pré-confirmação de contrato — ficando entre os grandes cachos negros e frios. Estava me misturando com tudo em minha volta.
Quando achei que não conseguiria sentir mais frio, fui tomada por um calor atordoante. Comecei a sentir ondas de tensões em todo o meu corpo. Era algo surreal pra mim. Era algo bom demais para ser negado.
Logo comecei a seguir um instinto que crescia no meu interior. Sai sem rumo, numa direção incerta que não teria nenhuma lógica. Mas no fundo eu sabia onde tinha que ir, onde eu deveria estar. Nunca fui uma atleta, e nem tenho o tipo físico de uma, afinal, sempre me achei fraca além de lenta. Mas ao contrario das garotas da minha escola não me achava um baleia.
Minhas pernas estavam em alta velocidade. Foi como se eu estivesse desligada. Meu cérebro estava no ponto morto. Cheguei lá em questão de minutos.
Olhei para a borda do lago, a neblina levemente azulada pairava sobre as águas negras fazendo-a se tornar cada vez mais chamativa. Não sei o que me atraía para aquele lugar, mas sei que ali era o meu lugar. Ali estava outra parte de mim. Eu tinha que me tomar o controle.
A água deveria estar extremamente gelada, porque nem senti dor. No início, apenas um leve formigamento. A água escura começou a me engolir lentamente. Eu sentia lá no fundo, eu tinha que sair daquele local, mas uma única chama que queimava no meu interior, e que fazia meu estômago se revirar, dizia: Fique, não me abandone, continue aqui comigo. Era como se eu pudesse até ouvir uma voz me atraindo. Como uma coisa dessas podia existir?
Olhei para o a luz refletida na água e senti algo diferente nela. Aquele clima me dominava, era algo surpreendentemente forte. Algo de outro mundo. Eu não podia estar vivenciando aquilo, isso iria muito além do que eu poderia imaginar. Talvez esse fosse um belo sonho, do qual estranhamente eu não queria acordar. Mas, eu estava bem acordada.
Enquanto comecei a olhar para o véu da noite e para a lua castanha refletida, sem perceber, a água começou lentamente a engolir minha cintura.
Falam que você sente sua morte 72 horas antes dela realmente acontecer. Se isso for verdade perdi 70 horas graças a minha falta de capacidade mental.
Naquela noite, não senti o medo que normalmente eu teria sentido.
Sem medo, sem frio e sem dor. Percebi que meu corpo já estava 50% submerso. Foi quando minha respiração começou a fraquejar.
Naquele instante comecei a pensar em várias coisas... Por que isso estava acontecendo comigo? E se agora seria meu fim, o que minha mãe e amigos iriam pensar? Porque eu não lutava?

 “A garota feia e problemática, não estava sabendo lidar com o abandono do pai e se matou no lago”.
Seria assim meu fim? Seria tão patético o jeito que eu iria partir? Senti a água passando por cima dos meus ombros. Começou a ficar ainda mais difícil respirar, o ar ficou mais gelado e mais pesado do que já estava. Não tinha forças para deixar uma lágrima sair. Queria ter chorado na hora, mas a sensação de felicidade predominava de algum jeito em meu corpo. Meus braços não tiveram reação alguma, eu estava abraçando a morte de frente, o único esforço que fiz foi para afundar mais depressa.
Sentia uma paixão incandescente dentro de mim. Eu me amava. Eu — estranhamente —amava o que estava acontecendo. Eu amava tudo o que estava prestes a acontecer. Obrigada, obrigada. Obrigada. Mesmo estando assustada, não poderia ter me sentido tão bem naquela hora.
Quando senti uma leve palpitação no meu interior, tive a certeza que eu já estava submersa. Não tinha escapatória, estava adormecendo e agora seria meu fim!
A água negra cobriu meu corpo. Agora completamente submersa, fui me perdendo mais e mais na escuridão... E com um pouco de fôlego que me restava não adiantaria o esforço de voltar para a superfície. Tentei manter a calma. Não deu certo, acabei tendo um reflexo rápido e insisti em abrir os olhos. Rapidamente eles começaram a queimar. Não estava aguentando mais. Foi quando avistei uma luz que saiu das profundezas daquele rio negro e se chocou comigo. Uma luz púrpura. Uma luz quente, pois eu sentia um calor se aproximando do rosto.
O calor foi ficando muito quente e a luz dançou graciosa­mente antes de me cercar. Mas no instante seguinte o calor sumiu e me transformou em um cubo de gelo humano. Foi a minha deixa, me entreguei de corpo e alma, acreditava que não iria voltar mais a ver a margem. E, de um jeito estranho, estava feliz com isso. 


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É isso aí pessoal! Espero que tenham gostado de mais essa nova parceria que firmamos, e aguardem que breve terá resenha pra vocês.
Até a próxima!



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