- Estreia:17/09/2015
- Gênero:Ação, Suspense
- Duração:110 min.
- Origem:Estados Unidos
- Direção:Wes Ball
- Roteiro:James Dashner, T.S. Nowlin
- Distribuidor:Fox Film do Brasil
- Classificação:14 anos
- Ano:2015
SINOPSE:
O Labirinto foi só o começo... o pior está por vir. Depois de superar muitos desafios, Thomas (Dylan O'Brien) e seus amigos pensam que estão a salvo em uma nova realidade. Mas eles são surpreendidos pelos Cranks, criaturas que querem devorá-los vivos. Agora, para sobreviver nesse mundo hostil, os amigos terão de fazer uma travessia repleta de provas cruéis e desafiadoras em um mundo devastado, sem água, comida ou abrigo.
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Nesse último sábado (27/09) fui ao cinema para ver o segundo filme da franquia de Maze Runner, com o título nacional de Prova de Fogo. Desde a experiência que tive com o primeiro filme, confesso que esperava de forma muito positiva o segundo filme da franquia; mas saí da sala de cinema decepcionado.
Conforme já imaginava ao termino do primeiro filme, o universo que James Dashner criou sofreria grande e signifativa mudança. O cenário atual em Prova de Fogo faz com que o labirinto vivido no primeiro filme Correr ou Morrer fique no chinelo. Os perigos aumentam, assim como também os desafios enfrentados pelos personagens.
A produção do segundo filme começou três semana antes do lançamento do primeiro filme e conta com o próprio autor James Dashner como roteirista. E somente uma pergunta fica em minha cabeça:
COMO O PRÓPRIO AUTOR DEIXA SUA OBRA
SER PISOTEADA E MASSACRADA EM UM ÚNICO FILME?
No início, o filme consegue te prender, pois já começa com uma quantidade de ação que não te dá fôlego. Perguntas se levantam e o interesse se desperta, afinal, o primeiro filme da franquia levantou tantos underplots (Subtramas), e deixou todos como pontas soltas, que não tem como seus questionamentos como: "O QUE ESTÀ ACONTECENDO?", não ficar apitando em sua mente.
O problema é que, conforme o filme vai acontecendo, o roteiro responde a pouquíssimas dessas indagações, o que deixa as pessoas frustradas, tentando entender qual o propósito de tudo aquilo estar acontecendo.
Mas, tentando compensar tudo isso, vem os efeitos especiais e a cenografia do primeiro quadrante do filme. Você se vê em um cenário que se próprio contradiz, onde que no mesmo ambiente há muita tecnologia juntamente com elementos fora desse contexto.
O filme continua correndo e não tem como classificar o publico alvo da franquia no cinema. Você se depara com um grupo de adolescentes, em um cenário apocalíptico, onde a ação corre solta e a ficção que deveria ganhar força, acaba se perdendo.
A atuação dos atores se eleva com relação ao primeiro filme. Ao menos a produção acertou nesse quesito e O' Brian, o ator principal que interpreta Thomas, consegue com maestria levar todo o peso do sucesso do filme nas costas, compensando todo a incapacidade dos outros setores. Juntamente com a atuação, o setor de efeitos especiais não deixam a desejar, assim como o som e a trilha sonora.
(E aqui serve uma ressalva para a franquia da rede de cinemas do CINEMARK
O Subwolfer de vocês me faz querer nunca mais voltar naquela
salada de cinema, pois estava uma vergonha).
O filme transcorre para o segundo quadrante sem deixar em que a ação caia de ritmo e é aí que somos apresentados a um mundo pós apocalíptico. Tudo que conhecemos está destruído, os oceanos parecem não existir mais, e no lugar deles ficou apenas um imenso deserto que tomou conta de tudo.
Da distopia vivida no primeiro filme, Prova de fogo inunda a tela com ação frenética e começa o segundo quadrante com um apocalipse zumbi. Exatamente isso, a zumbizada toma conta do cenário. Mas o problema que eu ressalto aqui, não é a exploração de tudo isso, mas tudo fica jogado, pouco é explicado e mais pontas soltas são levantadas.
Aqui devo parabenizar a equipe de Fotografia pelo maravilhoso trabalho realizado, pois supera bastante outras franquias como Eu Sou a Lenda ou O Livro de Eli. Em Prova de Fogo vemos cenários maravilhosos e intensos, totalmente expressivos e harmônicos.
No terceiro quadrante entram personagens que de longe da pra ver que podem ser catalogados como altamente descartáveis, são apenas pontes para a próxima etapa. E tudo continua tão frenético e tão sem explicação, assim como a Critica do Adoro Cinema diz [LINK AQUI]:
"A grande diferença deste segundo filme é o seu caráter episódico,
que aproxima a trama de um videogame sádico...
...Vencendo aquele perigo, os jovens estão prontos para correr até a cilada seguinte."
Bom, para finalizar, o último quadrante é o mais decepcionante de todos. Mais cenários desconexos aparecem, surge a possibilidade de uma força de resistência ao CRUEL (Instituição ao qual eles estão fugindo). E aqui o contraste é mais uma vez gigante, pois parece que nunca houve tecnologia no mundo e o roteiro fraco com diálogos enjoativos e pouco interessantes parecem fluir com tamanha naturalidade.
O filme termina de uma forma totalmente irritante, sem responder as pontas soltas deixadas ao longo do filme. O universo consegue regredir a ponto de agora deixar o Underplot de um único personagem se tornar o principal plot da trama, o que faz com que tudo de grandiosos construído até aqui não tenha força representativa.
[REVIEW] - Prova de Fogo - Maze Runner de Moisés Suhet está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
Podem estar disponíveis autorizações adicionais às concedidas no âmbito desta licença em http://edensaga.blogspot.com.br/.
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