Informações:
Edição: 1
Editora: Paralela
ISBN: 9788565530118
Ano: 2012
Páginas: 280
Tradutor: Alexandre Boide
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Sinopse: Eva Tramell tem 24 anos e acaba de conseguir um emprego em uma das maiores agências de publicidade dos Estados Unidos. Tudo parece correr de acordo com o plano, até que ela conhece o jovem bilionário Gideon Cross, o homem mais sexy que ela — e provavelmente qualquer outra pessoa — já viu. Gideon imediatamente se interessa por Eva, que faz tudo o que pode para resistir à tentação. Mas ele é lindo, forte, rico, bem-sucedido, poderoso e sempre consegue o que quer — e é claro que Eva acaba se entregando.
Uma relação intensa começa. O sexo é incrível. Capaz de levar os dois a extremos a que jamais tinham chegado. E, então, eles se apaixonam — o que pode ser tanto a chave para um futuro feliz quanto à faísca que trará de volta os traumas do passado.
Com essa “nova” moda dos romances eróticos, e quando digo “nova” me refiro ao BUM atual, pois há anos editoras como a Harlequin investem nos “livros de banca de jornal” com essa temática, muitos livros foram lançados e outros mais antigos relançados aproveitando a onda de sucesso desencadeado pela trilogia Cinquenta Tons de Cinza da E.L. James. E a autora Sylvia Day, por já ser uma conhecida minha como leitora voraz desses “livros de banca” desde minha pré-adolescência me chamou a atenção com sua sinopse. E realmente não me decepcionei, ela escreveu um livro verdadeiramente erótico, com uma linguagem adulta e direta sem puritanismos ou preconceitos, utilizando para isso dois personagens que apesar dos seus traumas do passado, são pessoas relativamente maduras e em relação ao contexto de um livro erótico, são bem definidas sexualmente.
Em “Toda Sua”, Eva é uma mulher que acabou de se mudar para Nova York com seu melhor amigo Cary. Ela tem tudo à mão, mas ao mesmo tempo gosta de brigar por seu espaço, por isso vive em meio à riqueza proporcionada por sua mãe e padrasto e à vida dura que leva como uma simples assistente de publicidade. É aquela história da “pobre menina rica”, que quer provar seu valor. Essa abordagem é interessante por mostrar a personagem tentando superar uma época mais rebelde e criar uma verdadeira segurança apesar de todos os traumas.
Na outra ponta temos Gideon Cross, um rico empresário de apenas 28 anos que galgou sua história de sucesso empresarial apoiado em sua astúcia e foco. Lógico que sua beleza é acima do comum e que seu poder se estende até aonde a vista alcança. Gideon é poderoso, mas incapaz de manter um relacionamento. Mais uma abordagem clichê: o menino rico que apesar de ser um excelente profissional é incapaz de encontrar o amor, devido a traumas de sua infância.
Gideon, ao contrário de tudo o que sua vida de empresário de sucesso devia ditar, é na verdade inseguro. Passa para seu relacionamento com Eva toda essa insegurança, que por si só já é insegura, pois também tem seus próprios fantasmas interiores. Eva é dele, só dele. Ninguém mais toca. Ninguém mais olha. Ninguém mais cheira. Ninguém mais… Enfim, ninguém mais nada, se é que me entendem.
Sylvia Day construiu uma narrativa com personagens complexos, por sérios problemas emocionais, e que tentam construir uma relação que às vezes torna-se conturbada, pois serve de gatilho para trazer de volta seus traumas do passado, associado a cenas de sexos carregadas de erotismo que torna um meio de fuga do casal para tentar amenizar seus problemas.
Por muitas vezes a protagonista, que narra a historia, consegue irritar, pois dificulta e cria algumas brigas que poderiam ser evitados com facilidade, o que acaba quebrando o ritmo dinâmico do romance dos dois.
Um aspecto interessante no livro foi a visão moderna da autora, além dos personagens principais terem um comportamento sexual e atitudes de uma homem e uma mulher atual, Sylvia Day nos trouxe o relacionamento homossexual, que abordou de duas maneiras diferentes e livres de preconceitos, no caso, um casal gay com um relacionamento sólido, e outro, no caso Cary que é bissexual e ainda está em busca de algo concreto, o amigo de Eva também sofre com seus traumas o que complica seus relacionamentos.
Mas, não posso deixar de falar que Toda sua é uma paródia descarada de Cinquenta tons de Cinza, a ponto de a própria Sylvia agradecer à James pela inspiração. Algumas cenas são clara alusão ao seu antecessor. Mas, pra mim Toda sua ainda é mais legal e melhor escrito, uma pela protagonista não ser inocente e ingênua, outra por não demorar mais de cem paginas para ter alguma cena de sexo.
Esse livro é meramente pra leitura de entretenimento. Se você não esperar da autora um texto primoroso e puder relevar os clichês tão execrados pelas feministas, dá pra se divertir muito.
Critérios de Avaliação
a) Arte da Capa:
A capa é simples e bastante sugestiva com o teor, mas não chama muito a atenção. É bem sóbria.
b) Trama:
Usa a mesma cartilha de sucesso da obra de E. L. James com alguns acréscimos que deixam a historia mais interessante de acompanhar apesar de se trabalhar com os clichês.
c) Caracterização das Personagens:
São personagens bem carismáticos e envolventes. Bem explorados na questão emocional e principalmente na sexual.
d) Qualidade do Livro (papel, letra, erros, etc.):
O papel é branco em um tom opaco, a diagramação é simples e há alguns erros que dá pra passar despercebido por leitores mais desatentos.
e) Comparação com outras obras do gênero:
Como já dito anteriormente, Toda sua é uma versão melhorada de Cinquenta Tons de Cinza. É bem sensual e dramático e realmente bem escrito.
Nota: 3,5
[...]Esse livro é meramente pra leitura de entretenimento. Se você não esperar da autora um texto primoroso e puder relevar os clichês tão execrados pelas feministas, dá pra se divertir muito. [...]
ResponderExcluirAcho que isso foi o suficiente para eu decidir que não é uma boa leitura para essa fase que estou vivendo.
Adoro resenhas verdadeiras, que expõe as vantagens e também as desvantagens de uma leitura, muito boa mesmo!
Estandy Books - A Estante da Andy